Cidadãos estrangeiros representam 18% do crédito concedido para a habitação em Portugal

Cidadãos estrangeiros representam 18% do crédito concedido para a habitação em Portugal

Segundo o Banco de Portugal (BdP), um em cada 5 novos créditos foram concedidos a cidadãos estrangeiros residentes ou não residentes em Portugal.


O peso dos cidadãos estrangeiros (residentes e não residentes) no stock total de crédito imobiliário aumentou de 6,9% em dezembro de 2022 para 8,2% em junho de 2024.
Estes dados refletem a análise feita durante o ano de 2023 e o primeiro semestre de 2024, mostram que "estrangeiros compram casas mais caras, numa altura em que persistem indícios de sobrevalorização no mercado residencial”.


Segundo Clara Raposos, vice-governadora do BdP, estes valores crescentes devem-se ao aumento da população estrangeira e a procura de habitação por não-residentes.


Face aos agregados, este crescimento revela uma alteração no perfil da procura, em particular pela procura de habitação própria e permanente por estrangeiros em idade activa e faixas etárias mais jovens.
"A população estrangeira residente em Portugal tem crescido significativamente, compensando os saldos naturais negativos e contribuindo para o aumento da população total, o que tem impacto nos preços da habitação”, comenta o BdP.
Nos últimos anos, a procura por parte de estrangeiros com maior poder de compra foi impulsionada por medidas como os vistos gold e o regime de Residentes Não Habituais.


O preço médio de compra de uma casa por parte de um comprador não residente (345 mil euros) manteve-se superior ao valor médio pago pelos residentes (198 mil euros).
Entre os não residentes, há ainda diferenças nos valores médios de aquisição, sendo que compradores com residência fiscal na União Europeia pagaram em média 280 mil euros, enquanto os de outros países gastaram 408 mil euros.

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